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domingo, 25 de agosto de 2013

Capítulo 13 - A Primeira Noite

Capítulo 13 - A Primeira Noite, Jake e Mary
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Capítulo 13

A Primeira Noite


 
A minha Mãe, permaneceu toda a noite apoiando a amiga e vizinha Jane Campbell, na vã tentativa de consolá-la. Como se consola uma pessoa que perde o seu amor, mais a mais, numa guerra estúpida e sem qualquer sentido? O que se diz, ou o que se deve dizer não sei, acho até que ninguém sabe. Mas penso que devemos deixar que o coração fale naquele momento. As palavras que provêm do coração, são as mais indicadas porque são ditas com amor verdadeiro.

domingo, 18 de agosto de 2013

Capítulo 12 - Convite Para Jantar

Jake e Mary, http://jakeemary.blogspot.com
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Capítulo 12

Convite Para Jantar

 
 
Ao pequeno-almoço, a minha Mãe e eu pusemos a conversa em dia. Falei-lhe da viagem e do que acontecera na prova de surf, cuja qual fora forçado a desistir devido ao embate do outro concorrente, que me partiu a prancha, sendo eu também penalizado.
─ Essas coisas acontecem, filho. Não te chateies com isso. Agora tens é de comprar uma prancha nova, tens dinheiro?
─ Não. Mas Mãe, nesse ponto não há nada a recear. Andy, também é shaper. Ele faz-me uma nova prancha, tenho é de ir ter com ele hoje depois do almoço, para ajudá-lo.
A minha Mãe ficou mais tranquila e disse-me para convidar Andy para jantar connosco esta noite.
─ Ok, eu digo-lhe.
Seguidamente, foi-se embora. Estava na hora de entrar ao serviço.
Enquanto arrumava a cozinha, na televisão falavam na guerra do Vietname nas notícias. Milhares de rapazes morriam neste conflito estupido e pedia-se mais voluntários para combater. A maioria dos rapazes da minha idade, tinham sucumbido e cedido à tentação, de serem combatentes e heróis de guerra, tornando-se assim, voluntários. Outros foram simplesmente convocados para ir, não podendo usar o seu livre-arbítrio para escolher. E eu, também poderia escolher, ou estava-me velada tal opção? Desconhecia a resposta por ora.
Deitei-me lá fora na rede, uma brisa fresca soprava e as nuvens corriam pelo céu loucamente, unindo-se umas às outras formando um lençol cinzento. O tempo estava a mudar, uma tempestade de Verão vinha a caminho. O mar agitava-se na fúria das ondas, que se debatiam de encontro às rochas e apaixonadamente beijavam com intensidade a areia da praia. Ao longe, começava a trovejar. Todo este cenário era lindo e assustador simultaneamente.
Após trancar as portas e as janelas, levantei-me da minha cama de rede na varanda e fui ter com Andy, que se encontrava no barracão. Estava a fazer a prancha. Esta era bem diferente da anterior que possuíra. Era mais pequena e mais maneirinha.
─ Hey, Jake! Tudo bem? E que tal, gostas da tua nova prancha? É uma fish, um modelo moderno. Vai ajudar-te a ter mais equilíbrio e permitir-te ser mais rápido a cortar as ondas!
─ Está muito porreira, Andy! Fixe! Gosto imenso. Obrigado.
Estava quase pronta, era só mais dois dias, talvez e já podia usá-la cavalgando as ondas. Ficámos a imaginar como este modelo seria bom para mim, seria até vantajoso nas provas e segundo o Andy, facilitava muito ao remar, pois era mais leve e deslizava melhor.
─ Andy, a minha Mãe convidou-te para jantares connosco esta noite.
─ Ah, está bem. A que horas?
─ Às 21h30. Pode ser?
─ Sim, pode sim. Lá estarei. Levas a Mary?
─ Não.
─ Porquê, Jake?
─ A minha Mãe ainda não sabe, nem os pais dela.
─ Porque não contas?
─ É cedo, meu. Queremos fazer as coisas como manda a tradição e como está na religião dela.
─ Hmmm, sabes, vais ter que te converter ao judaísmo…
─ Quem, eu? Nem tenho religião, meu!
─ Pois, mas se queres fazer as coisas como deve ser, vai ter de ser assim. Como é que vocês estão? ─ Indagou Andy, estendendo-me uma cerveja. Depois sentou-se na bancada, perto da prancha.
─ Estamos bem. Ontem pedi-a em namoro!
─ Sério? E ela, aceitou?
─ Aceitou, amigo.
E então, falei-lhe do incidente na casa dela. Ele divertiu-se com a história, mas advertiu-me para ter cuidado. Se os pais dela soubessem de tudo, antes de nós contarmos, seria péssimo para o nosso amor. Eles poderiam não aceitar.
De seguida, fui para casa e despedi-me do Andy, com um até já, lembrando-o do jantar em minha casa. Às 21h30, a campainha da porta tocou e como estava a terminar de escrever no bloco de notas, um verso para fazer um poema para a minha amada, gritei para a minha Mãe ir atender. Ela murmurou qualquer coisa que não entendi, mas foi e de seguida ouvi-a gritar como se se tivesse assustado, ouvi ainda uma coisa cair no chão, que se partiu estilhaçando-se e, largando tudo, corri aflito até ela.
─ Que aconteceu?! ─ Exclamei confuso, ao encontrar a minha Mãe desmaiada no chão e Andy, de volta dela tentando socorrê-la.
Andy, balbuciou um “Não sei…”, que me deixou desconfiado de que ele sabia alguma coisa que estava a esconder-me e quando a minha Mãe recuperou os sentidos, ao perguntar-lhe o motivo do desmaio, ela disse que tinha tido apenas uma quebra de tensão.
No chão havia estilhaços de cerâmica e bocados de batata por todo o lado, Andy ofereceu-se para ajudar-me a limpar, mas em silêncio.
O jantar, correu bem mas havia ali algo que me estava a escapar… A minha Mãe parecia evitar o contacto visual com Andy e ele, seguia o seu exemplo. Durante a conversa, só eu é que falava e quando me calava, ficava um silêncio muito tenso.
─ Vocês já se conheciam antes? ─ Arrisquei perguntar.
Então, Andy engasgou-se subitamente e ninguém respondeu à pergunta, porque entretanto, Jane, ─ a nossa vizinha, ─ entrou em nossa casa desfeita em lágrimas, anunciando que o seu marido Thomas tinha sofrido um atentado no Vietname, tendo morte imediata…
A minha Mãe amparou Jane e o jantar terminou por ali. Ela tinha de dar apoio à amiga. Andy, foi para casa e ficou combinado que conversaríamos melhor no dia seguinte.
Deitado na cama, pensava em tudo o que tinha acontecido e quanto mais pensava, mais estranhava. De certeza que eles se conheciam, mas de onde?
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
(Próximo Capítulo a Publicar: Domingo, dia 25 de Agosto de 2013)
 

domingo, 11 de agosto de 2013

Capítulo 11 - Olhos Nos Olhos


Jake e Mary, http://jakeemary.blogspot.com, Amor, Beijo, Olhos Nos Olhos, Pedido de Namoro
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Capítulo 11


Olhos Nos Olhos


Chegámos de madrugada a Huntington, Andy deixou-me à porta de casa.
 
─ Pronto, puto, estás em casa.
 
─ Obrigado, Andy.
 
─ Vá, vai descansar. Amanhã temos a tua prancha para fazer.
 
─ É verdade. Amanhã, ou logo?
 
─ É logo, mas como ainda não dormi, acabo sempre por dizer amanhã.
 
─ Pois, entendo. A que horas queres que apareça?
 
─ Às 14h00, dá para ti?
 
─ Sim, claro. Vejo Mary de manhã e depois vou ter contigo.
 
─ Ok, então ficamos assim. Até logo!
 
─ Tchau, Andy ─ e a carrinha arrancou prosseguindo a sua curta viagem.
 
Abri o portão e parei, olhei o céu estrelado. “Mary…”, murmurei baixinho. Estava com saudades dela. O relógio marcava 4h30, não tardava muito para o sol nascer saudando o novo dia. Mas ao mesmo tempo, sentia que faltava uma eternidade para estar com ela. “O que fazer então? Vou dormir, ou vou ter contigo?”, questionei-me pensando em voz baixa.
 
Saí pelo portão, fechando-o atrás de mim decidido a ir até à janela do quarto dela. Depois, logo veria o que faria. Se ela estivesse acordada, seria óptimo. No entanto, era mais provável que estivesse a dormir. Ela não sabia que eu chegava hoje, nem quando chegaria, por isso, não contava que estivesse acordada. O meu coração batia descompassado, chamando o seu nome como se cantasse a mais doce das melodias de amor.
 
Subi o muro da casa dela e como estava ainda muito escuro, coloquei mal o pé e ao galgar o muro esfolei a perna, ferindo-a. Gemi um pouco mais alto que devia, sentindo o sangue morno escorrer da ferida. As luzes da casa acenderam-se e eu corri pelo jardim, para me esconder. Olhei procurando a mangueira para me lavar, estava perto do baloiço. “Óptimo”, pensei “assim, posso lavar-me”. De seguida a porta abriu-se e eu encolhi-me atrás do roseiral, que ao agachar-me bruscamente, me fez picar o braço na roseira. Olhei e vi um homem de meia-idade, de roupão de seda azul-escuro e com pijama, com chinelos castanhos.
 
─ Quem está aí? ─ Perguntou.
 
Mantive-me em silêncio e escondido.
 
Joshua, está aí alguém? ─ Ouviu-se uma voz feminina, do interior da casa.
 
─ Eu pensava que sim, pelo barulho. Contudo, não vejo ninguém, Hannah. ─ Respondeu o homem.
 
Deve ter sido impressão tua. Anda deitar-te, ainda acordamos a vizinhança por nada…
 
─ Tens razão, Hannah. Já estou a ir, Amor… ─ e voltou para casa, fechando a porta. Aguardei que as luzes da casa se voltassem a apagar, para me lavar e sair rápido dali. Aquele homem, devia ser o pai de Mary e a voz da mulher que se ouviu, devia ser da mãe dela. Tinha de me despachar e ir-me embora o quanto antes. Não seria bom encontrarem-me ali àquela hora da madrugada, conhecendo-me como namorado da sua única filha. Isto poderia trazer problemas para nós, certamente.
 
Assim, mal se apagaram as luzes corri cautelosamente até à mangueira, lavei-me e é ao fechar a torneira, que alguém me toca no ombro. “Fogo, já fui apanhado”, exclamei em pensamento.
 
─ Estás caçado!
 
Era Mary, voltei-me para ela e beijei-a apaixonadamente.
 
─ Assustaste-me, Amor!
 
─ Eu sei, fiz de propósito! ─ Exclamou com um sorriso maroto. Vem comigo, ─ disse pegando-me pela mão. Fomos para as traseiras da casa dela, onde estava a piscina.
 
─ Pensei que estivesses a dormir.
 
─ Nãaaa, nem podia mesmo. Sabia que chegavas hoje e, depois, chamaste-me. Eu ouvi.
 
─ Como assim, ouviste? ─ Perguntei intrigado.
 
─ Vais dizer que não me chamaste?!
 
─ Chamei-te em pensamento, quando vinha para aqui. Não foi em voz alta!
 
─ Eu sei, Amor. Eu senti, no meu coração. ─ E beijou-me saudosa. ─ Amo-te tanto. Nunca duvides disso.
 
─ Claro que não, Mary. Também te amo muito.
 
─ Agora deixa-me tratar-te esses arranhões.
 
─ Vai doer…? ─ Perguntei a medo.
 
─ Não acredito que me perguntaste se vai doer!
 
─ Porquê?
 
─ Simples, pareces um bebé grande! ─ E riu-se troçando de mim. ─ Sim, vai doer um pouco. Mas depois, eu dou beijinho e o doi-doi sara.
 
Abracei-a contra o meu peito e olhei-a profundamente nos olhos.
 
─ Amo-te, Mary. Para sempre.
 
─ Ena, ena! Isso tudo é por te tratar do doi-doi, é, meu bebé?!
 
─ Não. Isto tudo é por te amar. Tenho uma coisa para ti, mas não sei se vais gostar… ─ Introduzi a mão no bolso e dei-lhe um anel. ─ Não é ouro, não tenho dinheiro para comprar-te um desses, ainda. Mas é simbólico… Mary, queres namorar comigo? ─ Ajoelhei-me a seus pés declarando-me.
 
─ É lindo, Amor! Adoro e sim, quero namorar contigo, amo-te e beijámo-nos apaixonados.
 
Meia hora mais tarde, deitei-me feliz na minha cama. Mary, era minha namorada.

 
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
(Próximo Capítulo a Publicar: Domingo, dia 18 de Agosto de 2013)


domingo, 4 de agosto de 2013

Capítulo 10 - Red e Lucy

Jake e Mary, http://jakeemary.blogspot.com, Campeonato de Surf, Beijo, Amor, Califórnia, onda, Embate
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Capítulo 10

Red e Lucy

 
Faltavam duas semanas para o campeonato de surf da minha região e os treinos continuavam. Treinava todos os dias intensamente, queria ficar bem qualificado e Andrew sabia bem como puxar por mim. Mas antes deste campeonato, houvera outro onde participei. Porém, desta vez não me correu tão bem, como da primeira vez em Venice… Partimos para San Diego, directamente para a praia de Ocean Beach. Foram cerca 5h00, 142 Milhas/228Km de distância de casa até lá, porque tivemos de parar uma hora para Andy descansar. Esta viagem foi um bocado mais longe e mais longa, do que eu pensava. Andy disse-me que deveria acostumar-me, porque havia uma grande tendência para estas viagens serem cada vez mais longas e demoradas.
Passei a maior parte do caminho da viagem a San Diego a pensar em Mary. Estava completamente apaixonado. Mary vinha ver o meu treino ao fim da tarde, depois ficávamos a namorar e a conversar um pouco. Todos os dias acompanhava-a a casa ao anoitecer. O nosso namoro era estável e harmonioso, brincávamos e riamos muito nos nossos encontros. Porém, na noite da nossa despedida ela veio ter comigo. Disse que teria muitas saudades minhas, do meu abraço, dos meus beijos… Eu respondi que também ia ter saudades e então, começamo-nos a beijar. Durante o passeio ao luar, os nossos beijos tornaram-se ardentes, apaixonados e então entrámos para dentro da gruta. As carícias eram cada vez mais intensas e o desejo de a ter, aumentava vigorosamente dentro de mim. Percebendo o meu desejo, Mary empurra-me e dizendo que me ama, sai a correr para casa. Desconcertado, chamo-a e ela pára, volta-se dizendo apenas:
─ Depois!
E continuou correndo em direcção a casa. Queria mais, queria conhecê-la por dentro e saciar o nosso desejo.
Inicialmente as coisas estavam a correr bem, no campeonato em Ocean Beach. Já estava no 2º lugar e com uma excelente pontuação. Andy e eu, estávamos muito animados. Porém, surgiu um problema que me forçou a desistir do campeonato e regressarmos a Huntington inesperadamente. Um surfista extremamente ganancioso chocou contra mim, para apanhar a onda que eu já havia apanhado e que estava a dropar na perfeição! O resultado disto foi uma prancha partida, a minha, e a desqualificação do outro concorrente não somente na prova, como também do campeonato! Os juízes estavam atentos. Contudo, sem prancha não poderia continuar e como só tinha aquela, tive de desistir e regressámos a casa mais cedo.
A inveja é realmente um caso sério e eu detestava desistir. Para mim, desistir era pior que perder, porque quando se perde é sinal de que participámos de algo, sinal de que tentámos. Enquanto que a desistência é um abandono e demonstra que a pessoa não tem capacidade, nem tem competência para lutar pelos seus objectivos.
Fiquei chateado e meio amuado durante grande parte da viagem de regresso, Andy respeitou o meu silêncio até um certo momento. Mas depois, ele falou na tentativa de me tranquilizar.
─ Deixa lá, Jake, não te preocupes. Eu faço-te uma prancha nova, daquelas mesmo à maneira e podes participar do campeonato em Huntington.
─ Tu não entendes, meu. Não gosto de desistir de nada nesta vida.
─ Tinhas outra alternativa?
─ Nop e é precisamente isso que mais me chateia!
─ Ganhar, perder e desistir faz tudo parte do mesmo.
─ Não, não faz!
─ Claro que faz, puto. Repara que para se desistir de algo, primeiro tem que se participar. Sem participação não há vitória, nem derrota e muito menos desistência. Não há nada, percebes?
─ Sim, mas desistir mostra falta de capacidade e falta de Fé.
─ Nem sempre, meu amigo. No teu caso, não foi nada disso. Desistimos porque não tinhas a “ferramenta” principal para continuares na competição. Partiu-se a prancha, foi um acidente e acidentes acontecem.
─ Mas isto não foi um acidente! Ele fez de propósito!
─ Disparate, claro que foi um acidente. Ele não queria ser desclassificado, não te parece? O que ele queria era a onda e nada mais, mas nem sempre as coisas são como nós queremos.
─ É bem-feito para ele ter sido penalizado!
─ Jake, cuidado com esse ódio. Olha que quando ficas contente com a desgraça alheia, ou desejas mal aos outros, isso vem para ti. É a lei do retorno e esta é como um boomerang, o que dás é-te devolvido em dobro. Não importa que tipo de sentimento seja usado, esta é a lei universal.
Então, calei-me. Reflecti em tudo o que Andy me estava a dizer. Ele parecia ser apenas um surfista reformado, um simples surfista, mas quando ele falava assim parecia um filósofo, um mestre espiritual. Andy, continuou:
─ Jake, há momentos na vida em que somos obrigados a desistir do que mais queremos, até dos nossos sonhos, mesmo de um grande amor…
─ Já foste forçado a isso? ─ Perguntei cauteloso. Pelo olhar triste de Andy, compreendi que ele não se estava a referir à sua carreira de surfista, mas sim à tal mulher.
─ Sim, fui. Mas tal como tu, não tive opção.
─ Foi um grande amor?
─ Sim. Apaixonei-me por uma linda rapariga numa quente noite de Verão. Foi amor à primeira vista, ela era divertida, dinâmica e independente. Estava por cá de férias na casa dos pais. Ela também gostou de mim assim que me viu, o nosso olhou cruzou-se e… bum! Apaixonámo-nos e foi fulminante! Comecei a namorar com a Red 3 dias depois…

Tradutor

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