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domingo, 11 de agosto de 2013

Capítulo 11 - Olhos Nos Olhos


Jake e Mary, http://jakeemary.blogspot.com, Amor, Beijo, Olhos Nos Olhos, Pedido de Namoro
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Capítulo 11


Olhos Nos Olhos


Chegámos de madrugada a Huntington, Andy deixou-me à porta de casa.
 
─ Pronto, puto, estás em casa.
 
─ Obrigado, Andy.
 
─ Vá, vai descansar. Amanhã temos a tua prancha para fazer.
 
─ É verdade. Amanhã, ou logo?
 
─ É logo, mas como ainda não dormi, acabo sempre por dizer amanhã.
 
─ Pois, entendo. A que horas queres que apareça?
 
─ Às 14h00, dá para ti?
 
─ Sim, claro. Vejo Mary de manhã e depois vou ter contigo.
 
─ Ok, então ficamos assim. Até logo!
 
─ Tchau, Andy ─ e a carrinha arrancou prosseguindo a sua curta viagem.
 
Abri o portão e parei, olhei o céu estrelado. “Mary…”, murmurei baixinho. Estava com saudades dela. O relógio marcava 4h30, não tardava muito para o sol nascer saudando o novo dia. Mas ao mesmo tempo, sentia que faltava uma eternidade para estar com ela. “O que fazer então? Vou dormir, ou vou ter contigo?”, questionei-me pensando em voz baixa.
 
Saí pelo portão, fechando-o atrás de mim decidido a ir até à janela do quarto dela. Depois, logo veria o que faria. Se ela estivesse acordada, seria óptimo. No entanto, era mais provável que estivesse a dormir. Ela não sabia que eu chegava hoje, nem quando chegaria, por isso, não contava que estivesse acordada. O meu coração batia descompassado, chamando o seu nome como se cantasse a mais doce das melodias de amor.
 
Subi o muro da casa dela e como estava ainda muito escuro, coloquei mal o pé e ao galgar o muro esfolei a perna, ferindo-a. Gemi um pouco mais alto que devia, sentindo o sangue morno escorrer da ferida. As luzes da casa acenderam-se e eu corri pelo jardim, para me esconder. Olhei procurando a mangueira para me lavar, estava perto do baloiço. “Óptimo”, pensei “assim, posso lavar-me”. De seguida a porta abriu-se e eu encolhi-me atrás do roseiral, que ao agachar-me bruscamente, me fez picar o braço na roseira. Olhei e vi um homem de meia-idade, de roupão de seda azul-escuro e com pijama, com chinelos castanhos.
 
─ Quem está aí? ─ Perguntou.
 
Mantive-me em silêncio e escondido.
 
Joshua, está aí alguém? ─ Ouviu-se uma voz feminina, do interior da casa.
 
─ Eu pensava que sim, pelo barulho. Contudo, não vejo ninguém, Hannah. ─ Respondeu o homem.
 
Deve ter sido impressão tua. Anda deitar-te, ainda acordamos a vizinhança por nada…
 
─ Tens razão, Hannah. Já estou a ir, Amor… ─ e voltou para casa, fechando a porta. Aguardei que as luzes da casa se voltassem a apagar, para me lavar e sair rápido dali. Aquele homem, devia ser o pai de Mary e a voz da mulher que se ouviu, devia ser da mãe dela. Tinha de me despachar e ir-me embora o quanto antes. Não seria bom encontrarem-me ali àquela hora da madrugada, conhecendo-me como namorado da sua única filha. Isto poderia trazer problemas para nós, certamente.
 
Assim, mal se apagaram as luzes corri cautelosamente até à mangueira, lavei-me e é ao fechar a torneira, que alguém me toca no ombro. “Fogo, já fui apanhado”, exclamei em pensamento.
 
─ Estás caçado!
 
Era Mary, voltei-me para ela e beijei-a apaixonadamente.
 
─ Assustaste-me, Amor!
 
─ Eu sei, fiz de propósito! ─ Exclamou com um sorriso maroto. Vem comigo, ─ disse pegando-me pela mão. Fomos para as traseiras da casa dela, onde estava a piscina.
 
─ Pensei que estivesses a dormir.
 
─ Nãaaa, nem podia mesmo. Sabia que chegavas hoje e, depois, chamaste-me. Eu ouvi.
 
─ Como assim, ouviste? ─ Perguntei intrigado.
 
─ Vais dizer que não me chamaste?!
 
─ Chamei-te em pensamento, quando vinha para aqui. Não foi em voz alta!
 
─ Eu sei, Amor. Eu senti, no meu coração. ─ E beijou-me saudosa. ─ Amo-te tanto. Nunca duvides disso.
 
─ Claro que não, Mary. Também te amo muito.
 
─ Agora deixa-me tratar-te esses arranhões.
 
─ Vai doer…? ─ Perguntei a medo.
 
─ Não acredito que me perguntaste se vai doer!
 
─ Porquê?
 
─ Simples, pareces um bebé grande! ─ E riu-se troçando de mim. ─ Sim, vai doer um pouco. Mas depois, eu dou beijinho e o doi-doi sara.
 
Abracei-a contra o meu peito e olhei-a profundamente nos olhos.
 
─ Amo-te, Mary. Para sempre.
 
─ Ena, ena! Isso tudo é por te tratar do doi-doi, é, meu bebé?!
 
─ Não. Isto tudo é por te amar. Tenho uma coisa para ti, mas não sei se vais gostar… ─ Introduzi a mão no bolso e dei-lhe um anel. ─ Não é ouro, não tenho dinheiro para comprar-te um desses, ainda. Mas é simbólico… Mary, queres namorar comigo? ─ Ajoelhei-me a seus pés declarando-me.
 
─ É lindo, Amor! Adoro e sim, quero namorar contigo, amo-te e beijámo-nos apaixonados.
 
Meia hora mais tarde, deitei-me feliz na minha cama. Mary, era minha namorada.

 
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
(Próximo Capítulo a Publicar: Domingo, dia 18 de Agosto de 2013)


6 comentários :

  1. Bom dia

    São sempre maravilhosas as histórias de amor

    Tenha um domingo feliz

    ****************************************
    http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/

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    1. Olá Ricardo.

      Obrigada por estares a acompanhar esta história de amor.

      Beijos

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  2. kkk que doido entrar assim na casa dela...mas achei lindo a parte que ela sentiu ele a chamar por pensamento...lindo capitulo.

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    Respostas
    1. Olá Madrinha!

      Fico feliz que tenhas gostado deste capítulo.
      Jake, vinha cheio de saudades e não pensou muito bem no que ia fazer.
      É a força do amor. :)

      Beijinhos

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  3. Oi Cris!
    Mais um capítulo que gostei de ler.
    Que bom que oficializaram o namoro;
    mas acho que os pais dela não vão gostar...
    Bjs e boa semana :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá amiga Clau!

      Na vida as coisas são como são e não como gostaríamos que fossem.
      Fico feliz que estejas a gostar.

      Obrigada.

      Beijinhos

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